Diplomatas

Auteur(s): Teresa de Sousa e Carlos Gaspar com moderação de Ivo Neto e António Saraiva Lima
  • Résumé

  • Para compreender um mundo em suspenso, “Diplomatas” é um podcast com Teresa de Sousa e Carlos Gaspar, numa parceria com o IPRI.

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Épisodes
  • “Os europeus são o alvo prioritário da destruição” da ordem internacional em curso
    Mar 7 2025

    Em Bruxelas fala-se num “virar de página” e o virar de costas de Donald Trump à Europa, sacrificando a Ucrânia, está a fazer cair posições e princípios que se achavam imutáveis no campo do investimento em Defesa e em Segurança.

    Sem se importar com a dissonância húngara, o Conselho Europeu deu o seu aval ao plano de 800 mil milhões de euros, proposto por Von der Leyen para o sector militar e a Alemanha prepara-se para rever o “travão” da dívida.

    “Há aqui um susto, uma emergência que é nova”, justifica a Teresa de Sousa. Os europeus, sublinha, “entenderam finalmente” que “as intenções de Trump não estão nas entrelinhas; estão nas linhas, estão em tudo o que ele diz todos os dias.”

    “E nunca passou pela cabeça da Europa que ia haver um dia em que os EUA prefeririam aliar-se à Rússia contra ela”.

    Com a Europa focada na ameaça russa e no retraimento americano, a China juntou-se em Congresso para mostrar que está pronta para aproveitar a “belíssima oportunidade” concedida por Trump para se aproximar dos “aliados e parceiros” dos EUA.

    “Trump vai perceber que não tem condições, sozinho, por mais que esbraceje, para ombrear com a China”, alerta, no entanto, o Luís Tomé, professor catedrático e director do Departamento de Relações Internacionais da Universidade Autónoma de Lisboa.

    “Se nós, europeus, não percebermos que quem garantia uma certa ordem baseada em regras quer agora destruí-la, com Putin, se calhar vamos correr o risco de ver uma acumulação [dos EUA]: não só com a Rússia e com Putin, mas com a China de Xi Jinping.

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    39 min
  • “A capacidade europeia de apoiar a Ucrânia vai determinar o futuro de cada português”
    Feb 28 2025

    A invasão russa da Ucrânia cumpriu três anos na segunda-feira. Sem o aliado (ainda?) americano, Volodymyr Zelensky rodeou-se em Kiev de líderes políticos de países europeus e do Canadá, e contou com Emmanuel Macron em Washington D.C. para lembrar Donald Trump que o futuro da Ucrânia é ucraniano e europeu e não pode ser decidido pelo Kremlin.

    Luís Montenegro, primeiro-ministro de Portugal, não esteve na capital ucraniana, nem interveio por videoconferência nos vários eventos realizados naquele dia 24 de Fevereiro de 2025. Porquê? A Teresa de Sousa tenta dar algumas pistas.

    No episódio desta semana do podcast Diplomatas, também antecipámos a visita desta sexta-feira do Presidente ucraniano à Casa Branca, para perceber se o interesse de Trump por metais preciosos é suficiente para oferecer à Ucrânia as garantias de segurança de que ela precisa para continuar a viver à sombra da Rússia. Zelensky, diz o Carlos Gaspar, não pode descrever a sua situação de outra forma: é “desesperada”.

    Por fim: que futuro nos guarda a Alemanha de Friedrich Merz, vencedor das eleições de domingo, em que a extrema-direita obteve o seu melhor resultado e o SPD o seu pior?

    Texto de António Saraiva Lima

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    33 min
  • Há uma nova ordem mundial e quem manda nela é Trump, Putin e Xi Jinping
    Feb 21 2025

    Na última terça-feira, EUA e Rússia restabeleceram, em Riade, na Arábia Saudita, contactos bilaterais e anunciaram a criação de equipas para negociarem um acordo de paz entre Rússia e Ucrânia.

    Um dia depois, Donald Trump reagiu às críticas do presidente ucraniano, por ter estado ausente deste encontro. Trump disse que Volodymyr Zelensky poderia ter alcançado um acordo mais cedo, sugeriu que Kiev é responsável pelo início da invasão russa e repetiu um argumento russo, o de que Zelensky não tem legitimidade para negociar, porque o seu mandato presidencial já terminou. Pior do que isso, disse que Zelensky é um ditador, que arrastou os EUA para a guerra.

    O presidente ucraniano respondeu que Trump está a viver "num espaço de desinformação" e que resgatou Moscovo do isolamento internacional. O mal-estar entre os dois presidentes é evidente.

    Este roteiro negocial privilegia a posição russa, a quem são concedidas concessões antes do início do próprio processo.

    A realização de eleições presidenciais na Ucrânia, neste momento, gera preocupações de que a Rússia possa utilizar o voto para destituir Zelensky e instalar um candidato pró-Putin, que concordaria com termos de paz mais favoráveis a Moscovo. Razão para dizer que a agressão compensa.

    Neste episódio, Teresa de Sousa, jornalista, e Carlos Gaspar, investigador do IPRI, explicam que os EUA deixaram de ter uma aliança com a Ucrânia e passaram a ter uma aliança com a Rússia. Em suma, há uma nova ordem mundial e quem manda nela é Trump, Putin e Xi Jiping.

    Texto de Amílcar Correia

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    42 min

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