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O historiador Capistrano de Abreu faz neste texto sucinto uma biografia bem completa daquele que é um ícone na formação do Brasil. Do nascimento nas Ilhas Canárias à morte na cidade que hoje leva seu nome, no Espírito Santos, são apresentados todos os fatos relevantes de sua vida, bem como de sua obra – missionária, literária, humana.

A análise dos registros da Primeira visitação do Santo Ofício às partes do Brasil, aqui levada a cabo pelo historiador Capistrano de Abreu, é uma janela que se abre para permitir ao leitor enxergar a vida das cidades brasileiras, suas gentes e seus costumes no final do século XVI, como a história de "uma sogra que a instâncias da filha pediu veneno para dar cabo do genro". Por fio condutor, tem-se a biografia do "visitador" (religioso responsável pela condução da inquisição) Heitor Furtado de Mendonça.

O historiador Capistrano de Abreu faz neste texto sucinto uma biografia bem completa daquela que é uma das mais célebres personagens femininas do Brasil Império: Domitila de Castro do Canto e Melo, a Marquesa de Santos, amante de D. Pedro I. Do nascimento à morte em São Paulo, são apresentados todos os fatos relevantes de sua vida, incluindo sua participação na própria corte, no Rio de Janeiro. Curioso é notar que Capistrano de Abreu comenta a biografia escrita por Alberto Rangel, fazendo como que um resumo dela, com seu estilo direto.

O historiador Capistrano de Abreu faz neste texto sucinto uma biografia bem completa daquele que é um dos mais relevantes nomes dentre os viajantes observadores do Brasil colonial: Fernão Cardim. Com a curiosidade de que sua obra só tenha sido descoberta no século XIX, o biógrafo narra as muitas idas e vindas do padre no Atlântico, envolvido nas mais diversas atividades – e tudo registrando.

"Será também exato que abundava dinheiro de ouro em S. Paulo, como afirma Simão de Vasconcelos?" A resposta à pergunta feita pelo historiador Capistrano de Abreu compõe o corpo desta narrativa surpreendente. E vai além, levando o leitor para as ruas das cidades brasileiras do século XVII, sobretudo São Paulo. E possivelmente o leitor terá ainda um déjà-vu, ao ver a discussão em torno da valorização e desvalorização das moedas e a influência do governo no mercado financeiro.

O historiador Capistrano de Abreu traz aqui a biografia do escritor António José da Silva, "o Judeu", com o refinado recurso de deixar o leitor concluir por si mesmo sua dolorosa morte na fogueira, vítima da Inquisição. Nasceu no Rio de Janeiro, em 1705, e imigrou com a família para Portugal, onde se formou em Direito em Coimbra. Denunciado numa primeira vez, foi absolvido, depois de ser torturado. Depois, com base em denúncias falsas, voltou a ser indiciado, dessa vez sem escapatória.

"Capoeiras, assassinos (...), reincidentes, condenados a trinta anos, exprimem a certeza de que continuarão lá fora a vida anterior." Será? O narrador visita um presídio e, observador, sistematiza os ideais dos presos, em profunda reflexão sobre sua condição. Com a narrativa afiada de João do Rio, o leitor mergulha na realidade crua da detenção.