Portuguese Classics

Este ensaio sobre a tecnologia aplicada ao agronegócio, escrito no século XIX, tem forte diálogo com a discussão que se trava hoje em torno da relação entre o homem e o campo, suas dores e suas recompensas. E o texto é também um bálsamo aos leitores que apreciam o cultivo da língua portuguesa: de autoria de Alexandre Herculano, um dos mais proeminentes escritores portugueses de todos os tempos, tem um inegável viés literário!

O conto "Confirmação", extraído do livro "Horto de mágoas", do escritor, jornalista e crítico Gonzaga Duque, tem um enredo que vai arrepiando o leitor à medida que ele avança na história! Experiências sobrenaturais que exploram a passagem para a morte são desenvolvidas pelo Dr. Pôncio. O narrador e seu amigo Carlos vão assistir a uma dessas sessões, mas algo sai do controle...

Extraído do livro "Horto de mágoas", do escritor, jornalista e crítico Gonzaga Duque, o conto "Benditos olhos!" traz um fluxo de pensamento do narrador em torno da mulher amada, tão amada que é por ele vista até mesmo nos olhos de uma santa na igreja. Um raro exemplo da prosa simbolista brasileira, cujo primor da forma é que salta aos olhos.

Ambientada em São Luís do Maranhão ao tempo de Artur Azevedo, a narrativa conta a história do Coronel Mascarenhas, que, viciado em jogo e falido, aplica astutamente um golpe em um cassino recém-inaugurado, golpe este que, na realidade, acaba se revelando antes uma estratégia para uma guinada em sua vida.

Mestre do Classicismo português, Francisco de Sá de Miranda foi quem introduziu em Portugal os gêneros em voga na chamada "escola italiana" (ele viveu na Itália entre 1521 e 1526). Entre essas categorias de poesia, destacam-se aqueles reunidos neste volume: vilancetes, sextinas, canções.

"Os simbolistas compreenderam que sem uma reconciliação com os fatos a poesia tomar-se-ia uma coisa estéril. Pondo o homem entre dois infinitos, não lhes foi impossível distinguir o alcance do raio que mede os dois horizontes da vida, o místico e o real." Eis o tom com que Araripe Jr. escreve este ensaio sobre o movimento simbolista, servindo-se ainda de uma base concreta: o poema "Agonia", de Mário Pederneiras.

"Onde quer que apareça a censura, onde quer que se aninhe esta irmã gêmea da inquisição, há uma quebra nos foros da independência do homem, há uma insolência do passado contra a dignidade social da geração presente. Seja para o que for, a censura é um impossível político." O que parece ser um ataque à censura é, na realidade, sua defesa. O ensaio, aqui editado, de Alexandre Herculano, é evidentemente anacrônico, porém recheado de argumentos que, em última instância, permitem ao leitor uma boa reflexão sobre o tema!

"Nesse feixe de forças democráticas, que é a nação brasileira, não há mais lugar para uma elite aristocrática que, pelas suas aspirações, tradições e crença, mantenha o patriciado político, cuja finalidade seria a monarca constitucional." Em um tom algo sombrio, Graça Aranha faz nesse ensaio um balanço da então recém-fundada república brasileira. Uma interessante leitura para se fazer um contraponto com a realidade dessa década de 2020.

Um mergulho nas fontes e origens do teatro português – eis a proposta de Alexandre Herculano neste ensaio elucidativo e de deliciosa leitura, dado o impecável manuseio da língua portuguesa, tão característico do autor. Herculano destaca Gil Vicente, como não poderia deixar de ser, mas revela também ao leitor nomes menos conhecidos da arte dramática lusitana.

Graça Aranha, neste precioso conjunto de ensaios curtos, analisa os grandes artistas de seu tempo e também seus antecessores; pintores, escultores e sobretudo músicos e escritores têm seus papéis comentados sob o prisma filosófico que caracteriza o autor. Além do ensaio que empresta seu título a este livro, estão aqui reunidos, dentre outros: "O romantismo de Beethoven", "Inexplicável tristeza" e "Cleópatra e Salomé".

O conto "Idílio roxo", extraído do livro "Horto de mágoas", do escritor, jornalista e crítico Gonzaga Duque, apresenta um tema amplamente explorado na literatura brasileira na virada do século XIX para o século XX: a tuberculose. O leitor participa de um recorte na vida da jovem e romântica Sara, que, ciente de sua condição de saúde, tem a esperança de viver um amor verdadeiro...

"O maior esforço humano realizado na grande guerra foi o excesso de espiritualidade que transbordou dos instintos animais, deu idealidade à luta dos povos. Esse idealismo repercutir-se-á na arte e na produção literária? A renascença esperada, o fato novo resultará do cataclismo da guerra?" Eis as questões que Graça Aranha busca responder nesse ensaio de cunho filosófico, que tem a singularidade de ter no autor um observador próximo dos acontecimentos.

Romântico? Pode parecer. O conto Longe dos olhos, todavia, apesar de ter por enredo uma história de amor, tece uma dura crítica à cultura patriarcal da época. O narrador, comentando a trama que envolve o bacharel Aguiar, é explícito nos juízos de valor que traça, até mesmo sobre o comportamento dos personagens.

Com o frescor do português tecido em Portugal, esta reunião de contos editados de autoria de Adolfo Coelho pede uma leitura em voz alta, que exalte a face lúdica das repetições intencionais, quase que de fábulas em versos! Além do conto que dá título à obra aqui também estão: "A velha e os lobos", "O galo e o pintinho", "A raposa e o lobo" e "O compadre lobo e a comadre raposa".

Em uma mesa do restaurante do hotel Novo Mundo, o metódico Duarte tem um déjà-vu e conto ao amigo narrador a forma bizarra como descobriu que seu engraxate preferido, Paschoalle, estava morto. Com referências a Poe, Baudelaire e Machado de Assis, o conto de Valentim Magalhães alia uma boa história de suspense a literatura de qualidade. O narrador encontra seu amigo Duarte em frente ao hotel Novo Mundo. Os dois homens decidem almoçar juntos no hotel, onde observam os outros clientes e desfrutam da atmosfera luxuosa.

É possível uma mulher excepcional, famosa, bonita e bem-sucedida realmente se apaixonar e não ter segredos? Esse consiste no mote de Uma mulher excepcionar. No começo do século XX, no Rio de Janeiro, a jovem vedete Irene Souza mantém um relacionamento estável com Agostinho Azambuja, um homem mais velho, empreiteiro rico e... casado. Se a crítica faz vista grossa quanto ao detalhe de Azambuja já ser casado, o mesmo não se aplica a Irene, taxada de receber um "banho de luxo" à custa de juventude, beleza e préstimos sexuais.

O curioso encontro entre Ahasverus, o último homem, e Prometeu, o titã. Ahasverus, cansado da imortalidade, está pronto para morrer quando encontra Prometeu. Após uma conversa sobre o passado e o futuro da humanidade, Ahasverus aceita o destino revelado por Prometeu com gratidão, ansioso por uma nova vida e a oportunidade de redenção.

Em um domingo de festa na vila, com foguetes estalando e sinos tocando na igreja, o comendador José Domingues, ladeira para encontrar suas filhas, Guilhermina e Laura. Em meio a isso, chega Hortense, a filha mais nova, casada e recém-chegada de Paris. Sua presença traz agitação à cidade, causando inveja e desconforto às irmãs. Os noivos de Guilhermina e Laura mostravam interesse em Hortense, alimentando a antipatia e rivalidade entre as irmãs. Durante um passeio na mata, Hortense é flagrada de tal forma, causando grande convulsão na família Domingues.

Garcia e Fortunato se conheceram após um incidente violento. Mais tarde, Fortunato torna-se amigo de Garcia e o convido para jantar em sua casa. Durante o encontro, Garcia percebeu a solidão e a fragilidade de Maria Luísa. Fortunato, de forma fria, revela sua crueldade ao torturar um rato. Eventualmente, Maria Luísa adoece gravemente, e Fortunato demonstra uma dedicação fria e egoísta. Garcia expressa seu amor não correspondido por Maria Luísa, e Fortunato observa com satisfação sua dor.

Dona Benta tenta explicar gramática para o Pedrinho, mas tudo parece tão difícil! Logo a esperta Emília encontra a solução perfeita: e se a turma do sítio visitasse o País da Gramática? Eles logo descobrem que a língua é um país povoado por sílabas, pronomes, numerais e muita imaginação! Aprenda os segredos da língua portuguesa com Emília, Narizinho e Pedrinho enquanto eles voam nas asas da imaginação! Clássicos da literatura infantil brasileira, as histórias do Sítio do Picapau Amarelo foram adaptadas múltiplas vezes, incluindo as séries de televisão produzidas pela Rede Globo em 2001 e 2010.