Estamos em nossa terceira expedição: uma exploração nesta fabulosa ilha do Mito, onde estamos ancorados.
Neste episódio vamos começar a explorar o Mito sob a ótica da Teoria Funcionalista (também chamada de Funcionalismo Britânico) . E, para começar, vamos entender o que é exatamente uma abordagem funcionalista dos fatos da sociedade e da cultura.
O Funcionalismo nas ciências sociais, especialmente na Antropologia e na Sociologia, é uma linha teórica consolidada por Durkheim e em 1937 teria sido assim batizada por Malinowski em um artigo que ele escreveu para a
Encyclopaedia Britannica. Seu foco é pensar a sociedade como um sistema composto de partes interdependentes.
Cada instituição, prática ou norma dentro de um contexto social desempenha uma função específica que contribui para a coesão e estabilidade social.
Inspirado pela biologia, essa abordagem sugere que, assim como órgãos no corpo humano estão associados num sistema para manter a saúde, o equilíbrio do corpo, diferentes instituições sociais (como a família, a religião e o governo) também trabalham juntas para manter a sociedade em equilíbrio. O foco está em entender como as normas e valores são internalizados pelos indivíduos, garantindo o funcionamento harmonioso do todo.
O Funcionalismo rejeita o modelo diacrônico, universalista e historicamente determinista do Evolucionismo, que classificava as sociedades em uma escala linear e universal de progresso. Em vez disso, ele analisa cada sociedade dentro de seu próprio contexto, com foco no presente e nas funções que as instituições exercem agora.
Junto com o Culturalismo Norte-Americano, o Funcionalismo introduziu um rigor científico consistente na Antropologia, especialmente ao criar o método etnográfico.
Vamos entender melhor os pontos centrais desta teoria antes de entrarmos nas análises de Malinowski, Radcliffe-Brown e Evans-Pritchard sobre o fenômeno do mito.
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A trilha sonora utilizada neste episódio é livre de direitos autorais.