• Na Terra dos Cacos

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Na Terra dos Cacos

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  • Como dizia Eduardo White, os países africanos são hoje cacos dos sonhos que partiram ontem. António Rodrigues e Elísio Macamo discutem, a cada duas semanas, como colá-los.

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Episodes
  • As liberdades que existem em Angola são “fictícias”, diz Luaty Beirão
    Jun 26 2024

    O activista fala sobre a liberdade de imprensa e os presos políticos no país. Neste episódio fala-se do começo da nova era na África do Sul, sem maioria do ANC, e nos 25 anos da democracia na Nigéria.

    Em 2015 foi um dos presos políticos do processo dos 15+2. P passou um ano na prisão, fez greve de fome e a sua mensagem e postura ajudou à pressão internacional sobre o regime do então Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, para amnistiar o grupo que emergiu do episódio como referência para muitos jovens que sonham com uma Angola melhor.

    Hoje, Luay Beirão é um dos principais rostos do Movimento Cívico Mudei, que apresentou dois relatórios que mostram que a ilusão trazida por João Lourenço ao país em 2017 há muito se extinguiu.

    O primeiro é o relatório de monitorização da imprensa angolana do primeiro trimestre que constata a forma condicionada como se continua a fazer jornalismo em Angola, com “ausência de sentido crítico ou de contraditório” em relação ao trabalho do governo ou doMPLA, que continua a passar incólume pelos media do Estado, que são os principais do país.

    O segundo fala de pelo menos 235 pessoas detidas arbitrariamente nas quatro províncias do Leste de Angola: Moxico, Lunda Sul e Lunda Norte e Cuando Cubango. São as mais recentes vítimas de “perseguição política, prisões arbitrárias e julgamentos injustos contra cidadãos contestatários e membros de um movimento independentista da região, o denominado Manifesto Jurídico Sociológico do Povo Lundês (MJSPL)”. Uma delas acabou por morrer devido às más condições na prisão.

    A entrevista ocupa a segunda parte do podcast, na primeira, António Rodrigues e Elísio Macamo discutem o novo mandato do Presidente Cyril Ramaphosa na África do Sul, que marca o princípio de uma nova era, a do Congresso Nacional Africano (ANC) sem maioria absoluta e obrigado a criar um governo de unidade nacional com diferentes partidos, nomeadamente a Aliança Democrática, o único partido maioritário com um líder branco e cuja ideologia liberal pró-mercado é bem diferente da do ANC.

    Um teste à democracia sul-africana, a maior potência económica de África, no ano em que a Nigéria, que lhe tinha roubado esse estatuto o ano passado, comemora os 25 anos da sua democracia.

    Para um país que desde a sua independência do colonialismo britânico em 1960 até 1999 viveu praticamente sempre sob o domínio de ditaduras militares, chegar a 25 anos ininterruptos de democracia é um feitopara a Nigéria. Mais ainda quando na sua região tivemos oito golpes de Estado, seis deles com sucesso, desde 2020.

    Um ano depois da conturbada eleição do Presidente Bola Tinubu, que até os observadores internacionais consideram que foi pouco transparente, a democracia da Nigéria enfrenta problemas e há quem reclame a volta dos militares ao poder. No entanto, com todas as suas fragilidades, a democracia nigeriana resiste.

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    53 mins
  • O triste espectáculo da oposição moçambicana
    May 29 2024
    Neste novo episódio de Na Terra dos Cacos, Elísio Macamo e António Rodrigues discutem as peripécias do congresso da Renamo, o principal partido da oposição em Moçambique, a reeleição de Ossufo Momade, um líder sem carisma; a reacção de Venâncio Mondlane que, ao não lhe ser permitido concorrer à liderança do partido, decidiu avançar com a recolha de assinaturas para apresentar a sua candidatura à presidência de Moçambique como independente a 9 de Outubro; bem como a atitude conciliadora de Manuel de Araújo que tinha razões de queixa suficientes para criticar a direcção. Também conversam sobre a alegada tentativa de golpe de Estado na República Democrática do Congo e da relação do seu líder, Christian Malanga, e dos seus dois sócios americanos, com Moçambique, com a Frelimo em geral e com dois generais em particular, Alberto Chipande e Fernando Bengala. Um sinal, segundo Elísio Macamo, daquilo em que se tornou o partido que governa Moçambique desde a independência em 1975: “A Frelimo transformou-se numa organização criminosa.” Produtos A entrevistada deste episódio gira à volta da Guiné-Bissau e da manifestação pacífica convocada pela plataforma da Frente Popular para o dia 18 e que foi reprimida violentamente pela polícia, que deteve 93 pessoas, as manteve em condições indignas, as agrediu e torturou antes de libertar 84 mais de 24 horas depois. Os outros nove, considerados os líderes do protesto, permaneceram detidos e sem acesso a familiares e advogados, até serem libertados já esta semana. A convidada é Fátima Proença, directora da ACEP – Associação para a Cooperação entre os povos, uma organização não governamental para o desenvolvimento que trabalha na ajuda ao reforço da cidadania e dos direitos humanos no espaço da CPLP e que há mais de 25 anos tem contribuído para o reforço das organizações da sociedade civil na Guiné-Bissau, com a criação da Casa dos Direitos e com o seu trabalho de perto com uma das mais importantes organizações locais, a Liga Guineense dos Direitos Humanos. O podcast na Terra dos Cacos só regressa no dia 26 de Junho.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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    52 mins
  • Catembe, o filme moçambicano que a ditadura cortou até ao Guinness
    May 15 2024

    Neste novo episódio, Elísio Macamo e António Rodrigues conversam com a investigadora Maria do Carmo Piçarra sobre o filme que o Estado Novo pôs no Guinness ao ser ainda hoje o mais censurado da história do cinema, antes de o proibir definitivamente, mesmo já trucidado com 109 cortes e menos 40 dos seus 85 minutos originais.

    O filme chama-se Catembe: Sete Dias em Lourenço Marques e foi realizado em Moçambique por Manuel Faria de Almeida em 1965. Maria do Carmo Piçarra publicou agora um livro a contar essa história, Catembe, esse obscuro desejo de cinema.

    Além da entrevista, a conversa gira em torno da escolha de candidato presidencial da Frelimo, que ao fim de longas discussões internas acabou por ser aquele que o Presidente Filipe Nyusi queria, o governador de Inhambane, Daniel Chapo.

    O outro tema tem estado muito na ordem do dia, o acordo militar de São Tomé e Príncipe com a Rússia e a crescente influência de Moscovo em África em geral e na CPLP em Portugal.

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    51 mins

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