Olá, olá!
Como é que estão?
Há vários anos que pessoas como o Krishnamurti ou outros grandes gurus indianos, pessoas ligadas à espiritualidade, nos vêm dizer que estamos a entrar numa época em que não há gurus, não há líderes.
Nós somos o nosso próprio líder, o nosso próprio guru.
E é por isso que eu considero que este ano de 2025 é um ano em que trabalhamos a nossa soberania.
Porque se somos soberanos, nós temos que nos ouvir.
E quando nós nos ouvimos, tornamo-nos o nosso verdadeiro guru, o nosso verdadeiro líder, porque vamos de acordo com o que o nosso coração nos diz, vamos de acordo com aquilo que sentimos ser a realidade para nós.
E todos estes acontecimentos que têm ocorrido em que a natureza está em fúria, e eu estou a falar concretamente das inundações em Valência no ano passado e neste momento os fogos em Los Angeles, eles vêm nos dar essa oportunidade de nós nos reunirmos com quem verdadeiramente somos.
Momentos em que os elementos da natureza entraram em fúria e causaram uma devastação é uma altura em que o ser humano acaba por dar as mãos, ir além das diferenças que há, sejam elas de ordem física, sejam elas de ordem social, de ordem política não interessa.
O que é facto é que qualquer uma destas devastações abre espaço para o amor.
E quando eu falo de amor, não estou a falar do amor romântico entre duas pessoas, estou a falar do amor num espaço e numa dimensão alargada, uma dimensão que nós muitas vezes não temos capacidade de entender.
No entanto, quando estas devastações ocorrem, nós passamos por cima de tudo, damos as mãos.
Qualquer uma destas duas situações mostrou que o ser humano, quando está livre dos conceitos e preconceitos em que vive, quando está livre no fundo da prisão, que é sua mente, porque muitas vezes nós estamos presos a que só com uma boa casa, só com um bom carro, só com isto, só com aquilo é que eu tenho valor.
E, no entanto, isso é uma distorção enorme do que nós somos.
Nós somos uma vibração única do Universo, somos um espírito único do Universo, e quando estamos livres dessa construção mental de que só valemos caso tenhamos coisas, quando estamos livres disso, mostramos o nosso melhor.
Mostramos o guru que há em nós, mostramos, no fundo, o líder que há em nós.
Em Valência nós vimos as pessoas unirem-se para limpar e mais do que as pessoas daquela região unirem-se, haviam pessoas de outras regiões de Espanha ajudar, tal era a devastação.
Aqui estamos agora a ver uma outra devastação, agora causada pelo fogo e pelo ar, porque ventos são ar, o vento alimenta, no fundo, o fogo.
E uma cidade onde é impossível falar de filmes sem falar de Los Angeles, é impossível falar de sonhos sem falar de Los Angeles.
Com esta devastação, o sonho foi retirado, a ilusão foi retirada, onde é que as pessoas se unem?
É dentro do que cada um pode ajudar, seja a recuperar uma casa, seja a ajudar um vizinho, seja nas zonas que já estão destruídas, a distribuir alimentos, a distribuir água.
Convido-vos esta semana em que é que vocês podem contribuir para o bem-estar da comunidade onde vivem, da família.
Ultrapassar diferenças, porque nós estamos a ver que, no fundo, nós vivemos para ter e para ter para mostrar e isso leva-nos ao vazio.
E nós já sabemos que há o vazio, porque há tanta gente que tem milhões de dólares, milhões de euros e, no fundo, uns buscaram o suicídio e outros vivem no vazio, perdidos no meio de adições.
Nós sabemos isto, então quando é que nós agimos?
O que quer que seja que cada um sente ao nível do seu coração, vamos fazê-lo, vamos pô-lo na prática.
Escusamos de esperar por um momento em que a natureza em fúria nos venha convidar a libertar daquilo que possuímos em nome de uma imagem para nos ligarmos à única coisa que é imperecível em nós, o nosso espírito.
Bom episódio!
Saibam mais em: https://anaritabandeirademelo.pt/
Podem ver vídeos e fazer meditações no canal de YouTube: https://www.youtube.com/channel/UCH8WMV9eIGni4ygfTs-xMgw