Portuguese Classics

Com ares de fábula e temperado com ironia, "A corte do leão", parte do livro "Escritos políticos", é de autoria por José de Alencar, sob pseudônimo: "um asno". O narrador, inconformado com a inversão de valores no mundo que o cerca, pede a Júpiter para deixar de ser homem, e é, então, transformado em burro! Como reminiscência de sua humanidade, escreve um livro – a fábula de el-rei Leão: uma crítica ao governo monárquico da época.

"Há modéstias mais vaidosas do que o orgulho." Esse é o tom de José Alencar nesta crítica aberta ao Imperador D. Pedro II, de 1877. Assim como na fábula "A corte do leão", o autor chama o leitor a uma tomada de consciência sobre os desmandos da política, no caso, uma festa que consome os cofres públicos. É um excepcional recorte no tempo, que permite enxergar o Brasil Império por olhos inquietos e questionadores.

Mais do que o espírito, o próprio Alcibíades se materializa diante do narrador e com ele interage, saltando de um livro de Plutarco! Este conto de Machado de Assis antecipa algum realismo fantástico, contudo, temperado com a ironia do autor. Conforme conta o narrador, dirigindo-se ao chefe de polícia da corte, o grego, que é discípulo de Sócrates, confronta as singularidades do final do século XIX, comparando os hábitos do narrador com aqueles de seu tempo.

Neste texto extraordinário, Machado de Assis oferece ao leitor a história de Elisiário, o "erradio" do título do conto. Escritor fértil e talentoso, Elisiário tem um comportamento inconstante, que o impede de concluir suas poesias. Casa-se então com Jacinta. Ela o aceita mais por sua intelectualidade do que por amor, acreditando que contribuiria, com sua organização, para o sucesso do marido. No entanto, isso não acontece: o poeta se acomoda e se torna um homem regular. O narrador, Tosta, amigo e admirador de Elisiário, acaba ficando parecido com ele ao final.

As sete viagens de Sindbá, o marujo levam a imaginação do leitor a um passeio maravilhoso pelo mundo encantado da aventura. Escrita para todas as idades, é uma dessas histórias eternas que o mundo inteiro conhece. Não perca a oportunidade de viajar com Sindbá pelos mares da fantasia e dos sonhos, em mais uma das histórias das Mil e uma noites recontadas por Carlos Heitor Cony.

No conto "Caçada de macuco", de Mário de Andrade, narra-se a tragédia de Maria, que mantinha um caso com o filho de seu marido, o fazendeiro Nhô Pires. Muito bem construído, o texto gradativamente entrega ao leitor pistas do destino dos amantes, sendo a mais reticente o pio do macuco, que para eles guardava outro significado.

"É ordem das sociedades que uns ajoelhem para que os outros lhes subam às costas." O tema da submissão percorre o conto "Galo que não cantou", de Mário de Andrade. Nele, o caseiro Telinho casa-se com a controladora e dominadora Jacinta, filha de dona Cremildes. Ele se deixa dominar pela esposa, até que um dia se revolta.

Com a característica verve de sua escrita romântica, Camilo Castelo Branco narra a história triste de Elisa Loewe Weimars, espelhada na carreira errática do marido português. O texto explora, entre outros, o tema do preconceito de classe vigente no século XIX, bem como a política da época.

Uma narrativa de tirar o fôlego, esta do conto "História com data", de Mário de Andrade; em grande medida, por conta das cenas rápidas, dos diálogos de frases cursas, do discurso direto. Numa atmosfera de Frankenstein, a mente de um homem entra no corpo de outro – mas Alberto e José, os tais homens, apresentam personalidades completamente diferentes!

O título do conto nada tem que ver com a capital do Brasil, que não existia em 1921! Por enredo, um cidadão francês busca algo no Brasil que seja autenticamente nacional. Para sua decepção, o que encontra é um Brasil europeizado. Mário de Andrade traz aí uma reflexão sobre a construção da identidade nacional.

Em "Caso pansudo", conta-se a história da rixa entre os fazendeiros Nhô Resende e Filipão, que acaba em desgraça – ou não. O suspense com que o enredo se emoldura apresenta ao leitor a história do rapto de Martinho, filho de Nhô Resende, por Filipão, por conta de aquele ter dado tiros na porca deste, que invadira sua propriedade.

Nesta famosa fábula, os tres porquinhos nos lembram que o caminho mais fácil, que requer menos esforço, nem sempre é aquele certo. Se desejamos alcançar alguma coisa melhor na vida é preciso, ao contrário, grande empenho e dedicação...

Esta versão em áudio da empolgante história de Júlio Verne ganhou um interesse especial graças aos efeitos sonoros e à trilha musical desenvolvida especialmente para a obra. A frieza e tranquilidade do inglês Phileas Fogg, interpretado pelo ator Guilherme Lopes, contrapõe-se ao som eletrizante de trens, navios, movimentos do mar, tempestades e outros elementos de ambientação sonora.

A versão em áudio de Moby Dick é marcada por uma trilha sonora intensa, desenvolvida por Sandra Branca a partir de um tema original de Richard Wagner. Vários efeitos sonoros ajudam a criar o ambiente de insegurança e trabalho duro da vida no mar, que é intensificado pela ira do capitão Acab em busca de fazer sua vingança contra Moby Dick. Os efeitos sonoros acompanham o crescendo de emoções na perseguição cega e desenfreada que o capitão impõe aos seus subordinados. Vozes.

Anton Tchekhov (1860 - 1904) é leitura obrigatória não só para quem está ligado ao teatro ou à literatura mas para quem se interessa em observar o ser humano. Às vezes, muito divertido, às vezes, dramático, Tchekhov tece sua prosa com todos os fios da alma humana. Nela cabem toda a grandeza e toda a mesquinhez inerentes ao ser humano.

Os contos de Lima Barreto (1881-1922) já mostram algumas características do conto moderno da literatura brasileira, entre elas a simplicidade e a objetividade. Este audiolivro contém alguns de seus principais contos, todos eles marcados pela observação crítica da sociedade e dos costumes de sua época, mostrados com humor e ironia. Inclui os contos: - O Homem que Sabia Javanês - Um Especialista- Adélia - Uma Vagabunda - Sua Excelência - Lívia - Um e Outro.

Esta adaptação do romance Frankenstein, de Mary Shelley, para o formato de audiolivro é marcada pela densidade do áudio. A trilha sonora, composta por uma variada gama de sons e temas remixados, acompanha a ambientação do texto com passagens súbitas de climas de romance e leveza para situações de suspense, terror e medo.

As aventuras do nobre cavaleiro Dom Quixote e seu fiel escudeiro Sancho Pança são contadas de forma muito divertida neste audiolivro. Com trilha sonora executada pelo violonista Thiago Abdalla, oito atores interpretam as vozes dos mais de trinta personagens e do narrador da história. Vozes: Antonio Carlos Prado Mói (narrador); Alecs Lima (Dom Quixote); Angela Couto (ama, personagem aleatório, Amazona); Cristiana Galvão (primeira donzela, sobrinha Dolores, criada do albergue e mulher de Sancho Pança).

Cinderela é a heroina de uma fábula popular baseada no tema tradicional da opressão injusta, seguida por uma libertação triunfal...

A versão em áudio desta descrição da Guerra de Tróia é rica em elementos sonoros ligados às batalhas, à natureza, às manifestações dos deuses e à musicalidade grega. Com a participação de 16 profissionais de voz, entre atores, narradores e dubladores, que interpretam 34 personagens, além da voz do narrador.Vozes: Angela Couto (Atena); Barros Batista (Antíloco, Hermes, Dólon e Glauco); Carol Leiderfarb (Hera); Di Ramon (rei da Lícia, Menelau, soldado troiano e Príamo).