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Tanto quanto o planeta, o nosso cérebro também possui recursos limitados. Estamos constantemente esgotando nossa mente ao ruminar perdas e mágoas, ao sofrer pelo futuro e ao preocupar-nos com a opinião alheia. Temos a necessidade neurótica de mudar os outros, e cobramos demais a nós mesmos e a quem está ao nosso redor. Ao agir assim, nos tornamos carrascos de nossos pensamentos, comprometendo nossa qualidade de vida.

Os transtornos emocionais, as rejeições, os traumas sociais, as perdas e frustrações, quando não trabalhados com inteligência pelo seu eu, acabam sendo registrados como zonas de tensão na nossa memória. De acordo com a intensidade desses registros, uma barata pode se tornar um monstro, uma perda pode bloquear o ânimo de viver, um confronto pode travar nossa inteligência.

Um poderoso homem sofre perdas irreparáveis e torna-se um colecionador de lágrimas. Despedaçado, decide penetrar os porões de sua mente em busca da sociedade dos seus sonhos. "'Não é possível', pensei. Em vez de se prostrar diante de Deus, ele o chamou para um debate, e ninguém previa o que seria discutido. Depois desse episódio, ele deixou de ser um vendedor de sonhos e passou a ser um ousado semeador de ideias. E nós, após presenciarmos seu "debate", nunca mais seríamos os mesmos.